Indo na contramão da capital Rio Branco, A Secretaria Municipal de Saúde de Cruzeiro do Sul informou que em 2018 registrou apenas três casos de caxumba na cidade. Em 2017, foram 20 casos.
A gestão diz ainda que os números podem ser maiores, porque muitos pacientes buscam métodos alternativos para tratar a doença em casa, mas, mesmo assim, atribuí os poucos casos ao reforço da vacina contra a doença.
O município tomou algumas precauções no ano passado, logo após ter conhecimento do aumento de casos na capital do estado para evitar a população da segunda maior cidade do estado também fosse acometida com a caxumba.
“Foi feita a campanha da vacina tríplice viral, que combate não só a caxumba, mas o sarampo e a rubéola também. A meta era 95% e nós alcançamos 100% do público-alvo e, quando vimos o surto em Rio Branco, nós expedimos uma nota técnica para todas as unidades de saúde para que as equipes cuidassem e notificassem os pacientes com caxumba que, a partir desse ano é uma doença de interesse municipal para ser monitorada”, explica o coordenador do Setor de Vigilância Epidemiológica, Nicolau Abdalah.
Em janeiro,um boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco divulgou os casos de caxumba registrados na capital nos últimos seis meses do ano passado. Os casos saíram de 1 em junho para 52 em dezembro. Antes disso, não havia registros da doença na capital.
Já em Cruzeiro do Sul, há vários anos não há um surto da doença registrado na cidade, que tem mais de 86 mil habitantes. Abdalah relembrou ainda que a doença foi muito comum entre as décadas de 80 e 90.
“Não temos registro em Cruzeiro do Sul de nenhum surto de caxumba nos últimos anos. Se teve foi há muitos anos e as pessoas, por aqueles costumes caseiros, e pela caxumba não ser uma doença letal, ficam em casa e fazem o tratamento com produtos naturais. Além disso, as pessoas mais idosas do nosso município eram muito acometidas com a caxumba, que é uma doença conhecida como a ‘papeira’ e quando a pessoa pega uma vez, ela fica imunizada”, explica o coordenador.
Por Mazinho Rogério