O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindapen-AC) lamentou a morte do agente Gilcir Silva Vieira, de 38 anos, nesta quarta-feira (30) e disse que áudios com ameaças vazaram há cerca de 20 dias.
Vieira foi executado a tiros de pistola no km 2 da AC-405, em Cruzeiro do Sul. Os tiros atingiram as pernas, braço e cabeça.
O presidente do sindicato Lucas Bolzoni, afirmou que, provavelmente, a morte de Vieira tenha sido a mando de facções criminosas. Segundo ele, o colega era agente penitenciário desde 2012 e deixou a mulher uma filha de 14 anos.
“Há algum tempo foram encontrados alguns áudios, onde membros de facção faziam ameaças e diziam para matar qualquer agente em retaliação aos procedimentos dentro do presídio, como revistas e apreensões de celulares. Acreditamos que foi aleatório. Queriam pegar algum agente e pegaram o que estava mais vulnerável na hora”, afirmou Bolzoni.
Vieira teria saído de casa para consertar o pneu de uma moto e, quando retornava para casa, foi seguido e executado com vários tiros. O crime ocorreu perto de um posto de lavagem. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser chamado, mas a vítima já estava morta. O Instituto Médico Legal (IML) esteve no local para os procedimentos.
O sindicalista lembrou que no ano passado um outro agente foi morto. “Foi em condições similares a essa, a partir de ameaças de organizações criminosas, e a gente fica meio sem saber o que fazer”, desabafou.
Testemunhas disseram à polícia que o agente chegou ao posto sendo seguido por dois homens em outra moto. A vítima abandonou o veículo, tentou fugir, mas acabou baleado, caindo a cerca de 8 metros de sua moto.
Além das Polícias Civil e Militar, agentes penitenciários também estão ajudando na tentativa de capturar os autores do crime. Ao saber do crime, a direção do presídio determinou a suspensão de todos os procedimentos dentro da unidade Manoel Néri, onde o agente trabalha. Com informações do Portal G1 Acre.