No Acre, 121 mil pessoas estão a procura de emprego, e com isso a taxa de subutilização da força de trabalho chega a 30,3%, no primeiro trimestre do ano, a maior da história. Este número agrega pessoas desempregadas, empregadas, mas com tempo para outros trabalhos e pessoas com potencial para trabalhar.
A população subutilizada teve o crescimento superior a 22%, em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior, quando 99 mil pessoas buscavam por emprego no Acre. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) trimestral divulgada na quinta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa identificou que 50 mil pessoas estavam sem trabalho e a procura de emprego, no primeiro trimestre. Outras 21 mil pessoas trabalhavam habitualmente menos de 40 horas nos seus trabalhos e gostariam de trabalhar mais horas para complementar a renda.
Além disso, 49 mil foram identificados como pessoas que realizaram busca efetiva por trabalho, mas não se encontravam disponíveis para trabalhar no período da pesquisa e pessoas que, não haviam realizado busca efetiva por trabalho, mas gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis.
No Acre, a economia apresentou avanços importantes nos últimos anos, no entanto os avanços não se mostraram suficientes de acordo com o economista da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), Carlos Estevão.
O economista explica que a partir de 2014 a crise nacional atingiu o Acre de forma mais forte, e provocou a redução drástica nas transferências federais para o Estado e, também, de investimentos diretos.
“Como consequência, o Governo estadual diminuiu o ritmo das obras públicas e de outros investimentos planejados. O Crescimento das receitas próprias se estabilizou. A consequência direta foi aumento do desemprego”, explica Carlos Estevão.
Natan Peres