OS ENGRAVATADOS ASSISTEM DE CAMAROTE A GUERRA ENTRE A FAVELA E A SEGURANÇA

Quando soube da notícia do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro ontem à noite, fui acometido por dois sentimentos muito fortes.

O primeiro é que, quem enfrenta o golpe que continua em curso nas suas mais diversas facetas corre risco de vida! Marielle foi assassinada possivelmente por denunciar a truculência do Estado nas favelas do Rio de Janeiro.

E o segundo, que os assassinatos de pobres, jovens pretos, viraram banalidade. Nós estamos calados diante do massacre que nossos meninos e meninas têm sofrido. Preocupados, exigindo a intensificação da ação do Estado através do seu braço armado, calados diante de alguns abusos e ignorando quase que totalmente que a violência diminui na medida em que se dá oportunidades de inclusão social para população.

Desejo conforto à família da Marielle, exigindo que o caso seja elucidado. Torcendo, inclusive, para que as suspeitas de que foi um crime político para calar a vereadora estejam equivocadas.

Não podemos permitir que as vozes que clamam por justiça social nas favelas, beco e vielas sejam caladas à bala.

Mas o que desejo mesmo é que nossa juventude não tenha que morrer numa guerra constante que arregimenta os menin@s das periferias de um lado e os trabalhadores da segurança do outro, e que só gera lucro para os grandes que ficam engravatados assistindo tudo de camarote.

Por Cesário Campelo Braga
_Secretário Estadual de Organização do PT Acre_