Em três meses seis pessoas morreram por afogamento no Vale do Juruá

Um pouco mais de dois meses, seis pessoas morreram por afogamento nas região do Vale do Juruá. A informação foi divulgada pelo comando do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul.

O comandante da corporação, capitão Rômulo Barros, disse que o aumento da correnteza por conta da elevação do nível dos rios, a baixa visibilidade e a desobediência em relação às regras de segurança são determinantes para o registro de eventos com vítimas fatais.

Durante todo o ano de 2017 foram registradas nove mortes. Barros diz que é importante que as pessoas que navegam ou tomam banho nos rios usem coletes salva-vidas.

“Em 2018, em pouco mais de dois meses, já tivemos seis mortes, sendo que duas dessas mortes ocorreram em cidades do Amazonas e foram atendidas por nossa corporação. A elevação do nível das águas dos rios é uma preocupação natural, pois aumenta a correnteza e é preciso que os navegantes dobrem a preocupação”, falou.

Para o militar, o uso de equipamentos como colete salva-vidas podem ser determinantes.

“Sabemos que nessa época do ano há uma dificuldade natural com o aumento da correnteza e a região é de visibilidade zero. Temos em média êxito de 60% à 65% nas missões de resgates de vítimas. Infelizmente, em alguns casos, os corpos não foram encontrados. Em outros, as perdas foram materiais. Tivemos também quatro acidentes envolvendo embarcações com percas de bens e haveres”, complementou.

Barros alerta para cuidados que devem ser tomados ao navegar nos rios da região. “Nossa orientação principal é navegar com a luz natural, respeitar o limite de carga das embarcações. Em todas as mortes por afogamento registradas ano passado e este ano nenhuma das vítimas fazia uso do colete salva- vidas”, acrescentou o comandante.

Entre as vítimas de afogamento estão duas crianças indígenas, cujos os corpos não foram encontrados pelos homens do Corpo de Bombeiros que participaram das buscas. Com informações do Portal G1.