Arar o terreno, fazer cercas, plantar mudas, colher as frutas e castanhas e fertilizar o solo são alguns dos desafios de famílias agricultoras no território acreano. Com o objetivo de fomentar a produção e aumentar a renda dessas famílias, o governo do Estado continua garantindo recursos para investimentos. Só em 2017 serão aplicados R$ 75 milhões no setor produtivo.
Seguindo o planejamento, na última sexta-feira, 3, foi lançado, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), edital de R$ 40 milhões para ações nas cadeias produtivas da borracha, castanha, frutíferas, pecuária leiteira e suinocultura. Em reunião com lideranças rurais, na Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Acre (Fetacre), o titular da Seaprof, João Taumaturgo Neto, anunciou os investimentos.
“Nossa missão é executar esse recurso e fazer com cada melhoria proporcionada pelo investimento chegue no trabalhador rural”, afirmou Neto. Ele explicou também como está funcionando o processo para acesso do edital lançado. As associações e cooperativas que organizam os trabalhadores rurais têm até o dia 17 de abril para entregar os planos de gestão das atividades propostas, a serem analisados por um comitê.
Cada família agricultora receberá U$ 10 mil (dez mil dólares, que atualmente equivale a R$ 31.372), por meio de subvenção econômica, que poderão ser aplicados nas mais diversas ações dentro das cadeias produtivas listadas. “É importante reconhecer que, em um momento de crise econômica no país, o governo Tião Viana mantém o compromisso de investir na produção rural”, salienta Taumaturgo.
Com isso, o governo do Estado põe à disposição do trabalhador rural e moradores das florestas uma alternativa para garantir suas rendas, mantendo a preservação ambiental. O investimento é parte do Plano Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre (PDSA).
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Branco e membro da diretoria da Fetacre, Fátima Maciel, ouviu atenta as boas novas e já percebe o quanto as iniciativas podem contribuir para sua comunidade. “Isso ajuda a nos estabilizar, gerar uma renda melhor e praticar a agricultura de melhor qualidade. Uma vez que trabalhamos bem, temos um bem estar e estrutura na nossa propriedade. Esse investimento vem para nós como um presente”, afirma Fátima, que junto com a comunidade trabalha com a pecuária leiteira.
A agricultura familiar no Acre
Fátima aproveitou a oportunidade para revelar a importância do trabalho no campo em sua vida: “Nossa origem é rural. Nasci e me criei no seringal. A agricultura familiar nos favorece e nos proporciona uma vida boa”.
Com o desafio de criar os filhos e netos, Fátima acredita que esse modelo de agricultura, que não causa grandes danos ao meio ambiente e feito de forma orgânica, é o ideal. “Eu sou uma pequena produtora, minha parcela de terra é pequena e minha família é grande. Para ter uma boa renda, a gente diversifica a produção e vende em diversas feiras nos mercados, nos bairros da cidade. Também participamos do PAA [Programa de Aquisição de Alimentos]”, afirma a agricultora.
O governo do Acre, desde 2011, tem realizado um trabalho de grande impacto para a evolução da produção agrícola, sempre mantendo a sustentabilidade, responsabilidade ambiental e garantindo o bem-estar para as famílias produtoras.
Já foram investidos mais de R$ 500 milhões nesse período, aplicados de forma organizada em cadeias produtivas que são vocação para as comunidades, como borracha, castanha, fruticultura, horticultura, suinocultura, avicultura e piscicultura, entre outras. Desde a indústria ao pequeno produtor, todos são contemplados.
Por Arison Jardim