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sexta-feira, novembro 15, 2024

Rio Juruá invade loja A Cruzeirense em Cruzeiro do Sul e assusta: ‘nunca tinha acontecido’

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Dono de uma loja cinquentenária, o comerciante Epitácio de Melo, de 71 anos, passou a viver uma situação inesperada com a enchente histórica do Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Isso porque pela primeira vez, desde que foi fundado, o estabelecimento na Rua Desembargador Távora foi invadido pelas águas do manancial, que chegou a 14,24 metros nesta quinta-feira (2).

No primeiro andar do prédio, os calçados e vestimentas que eram comercializados tiveram que ser retirados por causa da invasão do rio. A situação começou na última segunda-feira (30), quando o rio chegou a 14,05 metros, bem acima da cota de transbordo, de 13 metros.

“Estamos aqui há mais de três décadas e nunca tinha acontecido essa invasão da água. Em 1995 o rio encheu bastante, mas não entrou água na loja. Na segunda pela manhã estava tudo normal. Por volta das 10h uma funcionária me procurou informando que a água estava entrando. Começamos a subir as coisas. Porém no dia seguinte a situação se complicou e tivemos que retirar os produtos e acomodar tudo em outro piso”, relata.

O empresário diz ainda que não imaginava que uma nova enchente história pudesse ocorrer. “Tivemos muitos aterros nas imediações e acreditava que a cheia de 95 nunca fosse se repetir. Fiquei surpreso com essa alagação que está tendo proporções alarmantes e afetando muita gente”, disse o empresário.

Militar reformado do Exército Brasileiro Raimundo Ribeiro, de 63 anos, é cliente da loja há mais de trinta anos e confirma a versão do comerciante. “Ainda bem que a loja é grande e tinha espaço para acomodarem as coisas. Nunca vi a loja nessa situação”, comenta.

Já o aposentado Antônio Grandedieh, de 71 anos, se solidariza com a situação. “Lamento chegar aqui e encontrar nessa situação. Foi uma grande surpresa. É uma coisa muito triste ver a água invadindo tudo. Espero que o rio volte ao normal, para amenizar o sofrimento das pessoas atingidas”, finaliza.

 

Por Adelcimar Carvalho, do G1.

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