Sérgio Moro, juiz federal responsável pelos processos da Lava Jato, não aceitou um pedido de liberdade feito nesta sexta-feira (10) pela defesa de Eduardo Cunha. Segundo informações da revista Veja, ele alegou que, nem mesmo depois da prisão, o deputado cassado deixou de lado seu “modus operandi” de “extorsão, ameaça e intimidações”.
Cunha está preso em Curitiba desde outubro de 2016, sob a acusação de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
A reportagem da revista apurou que, ao negar o pedido, Moro, através de um despacho de 14 páginas, afirma que algumas das questões formuladas por Cunha para o presidente Michel Temer tinham a intenção de constranger o presidente. Das 41 perguntas, 21 foram vetadas.
“Tais quesitos, absolutamente estranhos ao objeto da ação penal, tinham, em cognição sumária, por motivo óbvio constranger o Exmo. Sr. Presidente da República e provavelmente buscavam com isso provocar alguma espécie intervenção indevida da parte dele em favor do preso”, escreveu Moro .
Em outro trecho, o juiz diz que “a lei que determina que a prisão preventiva deve ser mantida no presente caso, mas também deve ter o julgador presente que a integridade da Justiça seria colocada em questão caso houvesse a revogação da prisão depois deste episódio reprovável de tentativa pelo acusado de intimidação da Presidência da República”.
Com informações de Notícias ao Minuto.