Um bebê foi encontrado no cesto de lixo do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, na noite de sábado (3). De acordo com o representante da Saúde na cidade, Itamar de Sá, uma adolescente de 17 anos deu entrada na unidade acompanhada do pai e se queixando de fortes dores abdominais. A jovem, segundo a Saúde, não teria informado em nenhum momento que estava grávida.
Durante o atendimento, a menina teria pedido para ir ao banheiro e em seguida os funcionários da limpeza acharam o menino dentro do lixo.
“Ela reclamava de dores abdominais e dizia que estava urinando sangue. O médico foi examiná-la, mas ela apresentou resistência. O médico então passou um medicamento para aliviar a dor. Ela entrou no banheiro e saiu normal, logo depois, o pessoal da limpeza encontrou a criança no lixo. Todos achavam que ela já estava morta”, conta Sá.
O médico foi chamado para socorrer a criança, que foi rapidamente limpa e reanimada. A mãe e a criança foram encaminhadas para a Maternidade de Cruzeiro do Sul, onde permanecem internadas. O bebê nasceu de 7 meses e está na UTI neonatal.
“O bebê não corre risco. O quadro é bom e positivo. O hospital está registrando a ocorrência na delegacia de polícia ainda nesta segunda e outras informações sobre o caso apenas com a autoridade policial. Também vamos entrar em contato com o Conselho Tutelar”, garante.
O G1 procurou a gerência da maternidade, que confirmou que a mãe e o bebê estão internados e passam bem. Segundo a administração da unidade, a jovem não está acompanhada e o caso deve ser informado somente à polícia.
O delegado Luis Tonini explica que uma investigação deve ser feita para apurar o que de fato ocorreu e o que levou a adolescente a cometer o ato de infração. “A gente vai analisar os fatos para saber se a vítima está passando por depressão pós-parto, o que pode amenizar ou até desfigurar o fato infracional”, explica.
Até a manhã desta segunda, nenhuma testemunha chegou a ser ouvida. Tonini destaca ainda que a investigação vai partir do momento que administração da unidade registrar a ocorrência e as testemunhas forem ouvidas.
Por Anny Barbosa, do G1.