A Prefeitura de Mâncio Lima notificou 849 casos de malária no mês de janeiro. Esse número é 8% maior que o do mesmo período do ano passado. O município vem enfrentando vários surtos da doença nos últimos anos.
De acordo com o prefeito Isac Lima, o agravamento dos casos se deu porque em 2016 os agentes que deveriam trabalhar na prevensão foram demitidos. O serviço de busca e orientação foi suspenso.
“Sem o trabalho dos agentes, os casos se multiplicaram. Havia apenas o atendimento quando a pessoa chegava doente. Ninguém se preocupava em ir até a comunidade para passar informações de como evitar a malária”, reclamou.
O prefeito Isac Lima, veio a Rio Branco nessa quinta-feira em busca de ajuda. Ele disse que o governo do estado prometeu enviar equipes para ajudar nos programas de prevensão e atendimento aos pacientes.
Segundo Isac, a prefeitura está sem recursos até para atender as pessoas que chegam com quadro de malária. As duas parcelas de janeiro do FPM – fundo de participação dos municípios, foram bloqueados para pagar a parcelas em atraso da previdência, um acordo firmando na gestão anterior.
As duas percelas do FPM chegam a R$ 300 mil. “Só vamos pagar os servidores porque o ex-prefeito Cleidson Rocha deixou uma parte dos recursos enviados pelo Governo Federal da repatriação, mas, não temos dinheiro para mais nada”, acrescentou.
Ao todo, Mâncio Lima tem, em dívidas, mais de R$ 6 milhões. Desse montante, R$ 4 milhões são para a Eletroacre. Atualmente, a cidade não tem remédio nos postos e o setor de endemias está parado.