Ao menos duas empresas estão planejando realizar voos entre Cruzeiro do Sul e Pucallpa.
Um deles é empresa peruana North American. Sediada em Pucallpa, a empresa já está anunciando ‘para breve’, a abertura de voos para Cruzeiro do Sul. A mesma já faz os voos entre Pucallpa e a localidade conhecida como ‘Tipisca’, denominado ‘Breu’, no lado peruano do rio Juruá. A aeronave Beechcraft tem capacidade para 19 lugares.
Em Cruzeiro do Sul, a Aerobran Táxi Aéreo, empresa que faz o trajeto para Marechal Thaumaturgo também está em vias de capacitar o piloto da empresa para que o mesmo possa realizar voos internacionais. Segundo o responsável pela empresa, o piloto está tirando o código ICAO (código da aviação civil internacional). A expectativa é que a partir de fevereiro a empresa já esteja capacitada. A aeronave da Aerobran tem capacidade para seis pessoas.
Para o transporte de passageiros, e não carga, as exigências burocráticas são menores: bastaria a fiscalização Receita Federal e a Polícia Federal. Já para o transporte de carga, são exigidas também a presença da alfândega e vigilância sanitária.
A distância aérea entre Cruzeiro do Sul e Pucallpa é de apenas 227 km, pouco mais do que os 219 km que nos separam de Tarauacá. O tempo de voo estimado é de cerca de 40 km, a depender da aeronave. Hoje, para ir de Cruzeiro do Sul a Pucallpa por uma rota regular é necessário percorrer mais de 3 mil km, indo para Rio Branco, Puerto Maldonado, Cuzco, Lima e aí sim, Pucalpa, atravessando duas vezes a Cordilheira dos Andes. A outra opção pelo ‘Tipisca’ é mais próxima, mas demanda uma viagem até Marechal Thaumaturgo, uma viagem de barco de quase um dia pelo rio Juruá até o ‘Tipisca’ e uma espera que pode levar até uma semana ou mais pelos voos até Pucallpa.
Pucallpa tem população de 211 mil habitantes e possui ligação aérea regular e rodoviária com a capital Lima. É uma dos destinos turísticos da selva peruana. Entre os atrativos estão as paisagens de selva, como o distrito de Yarinacocha, diversão noturna, a culinária selvática peruana, a musicalidade própria manifestada através da ‘cumbia selvática’ e os povos nativos com artesanato e cultura própria (em especial a nação shipibo-conibo, mais numerosa na região).