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Temer quer mostrar que prisão de Cunha não vai parar governo

Brazil's interim President Michel Temer reacts during ceremony for the new rules of the program "Minha Casa Minha Vida" at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil July 14, 2016. REUTERS/Ueslei Marcelino

O presidente Michel Temer chega a Brasília nesta quinta-feira (20) com a ordem para sua equipe de não deixar que a prisão de Eduardo Cunha atrapalhe a rotina de trabalho dos ministérios e venha a passar a imagem de paralisia nas atividades do governo.

Segundo assessores, Temer avalia que o governo precisa dar demonstrações de força nos próximos dias, o que inclui aprovar no início da próxima semana o teto dos gastos públicos em segundo turno na Câmara dos Deputados, para sinalizar que “nada muda” e a “vida segue normalmente”.

O presidente já orientou sua equipe mais próxima a mobilizar a base aliada para garantir quorum elevado na Câmara na segunda-feira (24) e, com isso, assegurar a aprovação da proposta de emenda constitucional que cria o teto com um placar elevado.

A meta do governo é tentar obter mais votos do que na votação em primeiro turno, quando a medida foi aprovada com o apoio de 366 deputados.

Temer foi informado da prisão de Eduardo Cunha na volta de sua viagem ao Japão, de onde saiu na quarta-feira (19) antes de a Polícia Federal prender o ex-presidente da Câmara.

Assessores presidenciais reconhecem que a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados gera “apreensão” no Palácio do Planalto, mas dizem que isto não pode alterar o “ânimo” do governo num momento fundamental de aprovação de medidas que vão permitir a retomada do crescimento da economia.

Antes mesmo de ser preso, Eduardo Cunha já vinha mandando recados para o Palácio do Planalto, levantando suspeitas sobre o secretário-executivo do Programa de Parcerias do Investimento, Moreira Franco, um dos mais próximos assessores de Michel Temer.

Um auxiliar do presidente disse à reportagem que o governo não pode ficar sofrendo por antecipação e que é preciso ter sangue frio neste momento. Segundo ele, ninguém sabe exatamente o que Eduardo Cunha pode falar numa eventual delação premiada e, inclusive, se ela pode ser realmente negociada pelo Ministério Público.

 

Com informações de Notícias ao Minuto.

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