A greve dos bancários completou 17 dias nesta quinta-feira sem que os trabalhadores e o bancos tenham chegado a qualquer acordo.
Segundo balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a greve fechou 13.159 agências – número menor em relação ao dia anterior, de 13.398 agências fechadas. A paralisação fechou ainda 43 centros administrativos, 3 a mais que na véspera.
Os bancários têm reunião na próxima segunda-feira (26) para definir os próximos passos da paralisação.
Negociação
Segundo a Contraf, os bancos reapresentaram a proposta que já haviam feito na reunião no dia 13, que terminou sem acordo. Na no dia 9, os bancários já haviam recusado a outra proposta da Fenaban. A greve teve início no dia 6.
A Fenaban não tem divulgado balanços diários de agências fechadas, mas informa que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras.
De acordo com o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias instaladas, segundo último balanço do Banco Central.
Reivindicações
A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.
Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
A Fenaban disse em nota que “o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”.