Após 3 meses, nível do Rio Acre volta a subir

Após três meses abaixo de 2 metros, o Rio Acre atingiu 2,13 m nesta segunda-feira (26), na capital acreana Rio Branco. Durante a estiagem severa que atinge o estado, o manancial ficou com menos de 2 metros desde o dia 26 de junho, quando marcou 1,98 metro. A menor cota registrada foi no dia 17 de setembro, quando o rio chegou a 1,30 metro, segundo dados da Defesa Civil.

O major Claúdio Falcão, do Corpo de Bombeiros, informou que as chuvas que ocorreram nas bacias que deságuam no rio em Rio Branco foram as responsáveis pelo aumento no nível do manancial. Segundo ele, as chuvas que ocorreram na capital nos últimos dias não influenciaram tanto na questão do nível do rio.

“Coincidentemente, o manancial ficou abaixo de dois metros no dia 26 de junho e hoje, dia 26 de setembro ele marcou 2,13 metros, ou seja, ficou três meses abaixo de 2 metros.

Esse aumento desse nível é justamente pelo retorno das chuvas. As chuvas continuam abaixo da média, mas voltaram a ocorrer principalmente nas regiões importantes para o Acre, que são nas bacias”, disse o major.

Falcão afirmou ainda que a expectativa é que o manancial não volte a ficar abaixo que 1,50 metro. Segundo o major, o nível do rio pode voltar a baixar nos próximos dias, mas o ideal seria que ele não ficasse abaixo dessa média.

Captação de água
Pouco mais de um ano depois de uma enchente histórica, a população do Acre vive uma das piores crises hídricas da história.

Para manter o abastecimento em Rio Branco durante o período de seca histórica do Rio Acre, o Departamento de Pavimentação e Saneamento do Estado do Acre (Depasa) já gastou mais de R$ 2 milhões com aquisição de equipamentos e insumos. Conforme o diretor-presidente do órgão, Edvaldo Magalhães, os recursos foram aplicados nas Estações de Tratamento de Água (ETA’s I e II).

ETA II
Para evitar que as bombas da torre de captação fossem desligadas, o Depasa instalou, no final de julho, dois conjuntos de flutuantes com três bombas flutuantes na ETA II. O terceiro flutuante começou a operar após o dia 29 de agosto. A estação passou então a captar 970 litros por segundo, sendo que cada bomba puxa de 200 a 240 litros.

Atualmente, a ETA II capta água com cinco flutuantes, sendo seis bombas operando. Das três bombas da torre de captação, duas foram desligadas definitivamente conforme o nível do rio foi diminuindo. Já a terceira bomba é ligada apenas em alguns momentos.

ETA I
Se na ETA II duas bombas da torre de captação foram desligadas e flutuantes instalados, na outra estação as medidas tomadas foram diferentes. A ETA I continua operando com as duas bombas da torre de captação, porém, um flutuante já está instalado para operar a qualquer momento.

Além disso, o Depasa ampliou, no início de agosto, para 12 metros na horizontal a barragem de contenção da estação. A medida garantiu que o volume de água, de 530 litros por segundo, captado pelas duas bombas fosse mantido.