O Senado Federal inicia nesta quinta (25) o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A abertura da sessão está prevista para às 9h sob o comando do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que também preside o processo de impedimento da petista. Segundo o G1, até o momento, 29 senadores se inscreveram para fazer perguntas à primeira testemunha, o procurador do TCU Júlio Marcelo Oliveira.
Para fazer perguntas ao auditor fiscal do TCU Antônio D’ávila, a segunda testemunha do julgamento, 24 senadores estão inscritos.
São 27 os senadores que já se inscreveram para questionar a terceira testemunha do julgamento, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo.
Na lista da quarta testemunha, o professor Geraldo Prado, até o momento, 23 senadores se inscreveram para fazer perguntas.
A estratégia da base aliada de Temer é limitar perguntas para acelerar julgamento. Segundo a TV Senado, serão ouvidas 4 testemunhas hoje, e as últimas quatro na sexta-feira (26). As testemunhas devem ser as mesmas já ouvidas na Comissão especial, com a exceção de um especialista, diz o senador Antonio Anastasia.
Cada senador tem 6 minutos para fazer perguntas e a testemunha tem outros 6 minutos para responder ao parlamentar. Dilma Rousseff deve falar em plenário na segunda-feira (29).
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) fala sobre o jantar ocorrido na noite de quarta-feira (24), divulgado pela imprensa, em que Renan Calheiros teria afirmado ao presidente interino, Michel Temer, que o desfecho do processo seria antecipado. Na sequência, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) acusa o petista de querer, mais uma vez, “procrastinar” o processo. Para Cunha Lima, não há problema no encontro entre Temer e Renan, uma vez que são “chefes de dois poderes” da República.
Lewandowski afirma que não há prazo para terminar o processo de impeachment. Janaina Paschoal, advogada da acusação, garante que a denúncia não se alicerçou na rejeição das contas de Dilma.
Ainda sobre as questões de ordem, o senador Magno Malta (PR-ES) diz que “se gravação valesse alguma coisa, [o ex-ministro] Aloizio Mercadante deveria estar preso”. Ele acusa os senadores oposicionistas de terem feito “media training” com Dilma.
Com informações de Notícias ao Minuto.