Decisão da Vara de execuções penais concedeu a Hildebrando Pascoal o direito de manter na cela um familiar para que possa ajudá-lo a se locomover e fazer a higiene pessoal.
No último laudo sobre o estado de saúde de Hildebrando, o Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN), informou que o detento não conseguia andar e nem fazer a própria higiene.
Sobrava para os agentes penitenciários fazer esse serviço “extra”. A juíza Luana Campos então liberou para que um familiar de Hildebrando possa ficar com ele na cela 24 horas por dia. Desde a semana passada, os parentes do preso mais conhecido do Acre se revezam nos cuidados.
Segundo a magistrada, a medida foi tomada depois de várias quedas de Hildebrando quando se deslocava para o banheiro. “Como os agentes não podem fazer esse serviço, não é função desse profissional, liberei para que família tome esses cuidados até que ele possa ser beneficiado com a progressão de regime ou o quadro de saúde melhore”, explicou a magistrada.
Hildebrando Pascoal aguarda duas decisões que podem beneficiá-lo: O Tribunal de Justiça pediu a vara de execuções penais que faça o exame criminológico para determinar se Hildebrando tem ou não direito a progressão de regime, que é sair do regime fechado para o semi aberto. A juíza Luana Campos pediu que o IAPEN faça o teste que determina se o preso pode conviver fora do presídio.
Fora o laudo criminológico, tem ainda os exames médicos que vão ajudar a magistrada a tomar decisão se Hildebrando tem direito à prisão domiciliar. Um cardiologista já começou o exame. Na semana passada, foi indicado um ortopedista, mas, até agora, a juíza não conseguiu um clínico geral.
“Todos que entramos em contato alegam quem têm ligação com a família do preso. Estou à procura para encontrar um profissional que faça a última etapa de exames para saber o quadro clínico do detento”, analisou.
Com tantas dificuldades, a decisão sobre o futuro de Hildebrando vai demorar além do que prevê a lei.
Com informações de Agazeta.