O Governo do Acre acionou o Exército e a Polícia Federal para se somar à Polícia Militar e à Polícia Civil no combate à facção criminosa que provocou noite de terror em Rio Branco, capital do Estado.
Ao todo, foram 11 pontos onde foram tentadas ações criminosas. Em quatro, a facção efetivamente conseguiu incendiar: a sede do Patrimônio Histórico de Rio Branco; uma delegacia; Clube dos Oficiais dos Bombeiros e uma colheitadeira de arroz (esta no interior, no município de Sena Madureira).
A ordem para a sequência de atos de terror partiu de dentro do presídio estadual Francisco D’Oliveira Conde onde uma facção criminosa regional mantém o controle de parte do tráfico e de assassinatos no Acre.
“Existe a possibilidade de transferência de presos”, afirmou o secretário de Estado de Segurança Pública, Emylson Farias. “A ação integrada com forças federais será forte e dentro da Lei. Acima da lei, aqui no Acre, nada é permitido e nada será permitido. A resposta será dura”.
Na manhã desta quarta-feira, três pessoas envolvidas com os crimes foram presas. Com elas, 115 quilos de maconha foram apreendidos.
A sequência de ações, afirma a polícia, é represália em decorrência da morte de um jovem que integrava a facção criminosa. A morte ocorreu na tarde de ontem (16) após o rapaz tentar fugir durante um assalto a uma residência na periferia de Rio Branco.
Reação_ A morte do assaltante já foi uma resposta da polícia. Um dia antes, o Cabo da PM Alexandro Aparecido dos Santos, 36, foi assassinado durante uma abordagem de rotina na periferia de Rio Branco: quando um jovem reagiu de forma violenta, tomou a arma do policial e atirou no pescoço.
Em redes sociais, um áudio supostamente feito por um dos líderes de facção criminosa dentro do presídio enaltece o assassinato do policial. O áudio repercutiu rapidamente na corporação e criou um clima de nervosismo.
A reação da PM tem respaldo do próprio comando. Em uma rede social, o jornalista Altino Machado teve acesso a um texto do sub-comandante da PM do Acre, Ulisses Araújo. O texto era direcionado á tropa da PM. Não há dúvidas em relação à postura a ser emplacada, após o assassinato do Cabo Alexandro.
“Não vamos deixar de graça. O bem vence o mal. ‘Servir e proteger’ significa também usar a força necessária para enfrentar situações que colocam em risco a integridade física de qualquer cidadão de bem acreano e qualquer integrante das forças de segurança pública”. A íntegra do texto está publicada neste site nas Quentinhas da Redação.