O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abandonou a estratégia de ameaçar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deflagrando um processo de impeachment e decidiu resgatar um projeto de lei que pode atingir a atuação do Ministério Público.
De acordo com a Folha de S. Paulo, após ter feito ataques diretos ao trabalho do procurador e ameaçar com o impedimento, Renan quer definir punições para autoridades que praticarem abusos. O motivo para tanto rancor e irritação é a ofensiva de Janot contra Renan e outros parlamentares.
O peemedebista iniciou a investida contra Janot pouco tempo depois de o Supremo Tribunal Federal ter negado o pedido de sua prisão, feito justamente pelo procurador no âmbito da Operação Lava Jato.
Aliados de Renan, inclusive o presidente interino, Michel Temer, no entanto, o desaconselharam a prosseguir com a ameaça de abrir um processo. Os motivos seriam que os pedidos apresentados são, em sua maioria, fracos juridicamente para sustentar o caso e que um processo como este geraria desgastes para o governo Temer, que teria que gerenciar a acusação de que estaria agindo para interferir no andamento da Lava Jato.
Com informações da Folha de São Paulo.