Os parlamentares do PMDB estudam a possibilidade de combinar um movimento de abstenção coletiva para diminuir o constrangimento do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha. Segundo informações do jornal O Globo, a ideia é considerada uma “saída mais honrosa” para o deputado e para o partido.
Caso seja posta em prática, a abstenção pode ser vantajosa para Cunha, que escapará da cassação se menos de 257 dos 513 deputados votem contra ele. “Há os que pensam em ajudá-lo e defendem que a melhor forma seria fechar posição pela abstenção na bancada e deixar para os outros partidos cassá-lo. Se houver liberação e cada um no PMDB votar como quiser, sobram poucos ao lado dele”, afirmou deputado que preferiu não se identificar.
Segundo cálculos de aliados de Cunha, algo entre 10 e 20 deputados devem votar a favor do parlamentar afastado. A abstenção resolve a desconforto de quem não quer se “queimar” perante Cunha, mas não arrisca defendê-lo em ano eleitoral.
“É uma conversa que todo mundo está evitando ter, mas a abstenção pode ser uma saída menos indelicada do partido, e Cunha foi nosso líder, amigo, um bom presidente da Câmara. Se o PMDB fosse o fiel da balança, a gente decidia a favor dele, mas a situação dele independe de nós, a maioria dos partidos vota pela cassação”, avaliou a fonte.
Com informações de O Globo.