Duas pessoas morreram no Acre em decorrência do vírus H1N1 em 2016, segundo o informe mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde. Os dados apontam 1.121 mortes causadas pelo vírus em todo o país de janeiro a 18 de junho.
Segundo Tânia Bonfim, do Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), as duas mortes ocorreram em Rio Branco entre os meses de abril e maio. Ela, contudo, não pôde passar mais informações sobre a identidade das vítimas.
“A gente faz notificação de todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave nos hospitais do estado. Durante os meses de abril e maio tivemos vários casos de influenza A e H1N1, mesmo período em que tivemos esses casos no Sul do país. Porém como nossos exames são feitos no Instituto Evandro Chagas demora a chegar e quando chega é que fazemos os boletins”, explica.
Segundo ela, a Sesacre espera que os casos diminuam a partir do mês de junho. No dia 30 de abril, o Acre entrou na campanha de vacinação contra os vírus A/H1N1, A/H3N2 e influenza B, inicialmente a meta era imunizar 170.024 mil pessoas que fazem parte de grupos prioritários, como idosos, crianças, gestantes e povos tradicionais.
A campanha, entretanto, chegou ao final do prazo, 20 de maio, sem atingir a meta de cobertura vacinal, estipulada em 80% do público-alvo, e teve que ser prorrogada até 10 de junho. Apesar de ultrapassar a meta, a campanha ainda foi mantida até esta quinta-feira (30).
Entenda o caso
No ano passado inteiro, o país registrou 36 mortes por H1N1; em 2014, tinham sido 163 mortes e, em 2013, 768 óbitos pelo vírus.
Ao todo, foram notificados 5.871 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza A/H1N1 ao longo de 2016. A SRAG é uma complicação da gripe. Em uma semana, foram registrados 657 novos casos de SRAG por H1N1 no país.
Além das mortes pela influenza A/H1N1, houve ainda 110 mortes por outros tipos de influenza. São Paulo foi o estado com o maior número de mortes por influenza, correspondendo a 41,7% do total no país.
Vírus chegou antes do previsto
Este ano, o vírus chegou antes do previsto, atingindo uma população vulnerável por ainda não ter tomado a vacina.
Especialistas discutem várias hipóteses que podem explicar a antecipação da chegada do vírus, que vão desde fatores climáticos até o aumento de viagens internacionais que podem ter trazido o H1N1 que circulava no hemisfério norte. Mas não há uma explicação definitiva para a chegada precoce do vírus.
Número de mortes por H1N1 por estado
São Paulo: 475
Rio Grande do Sul: 132
Paraná: 112
Mato Grosso do Sul: 59
Goiás: 56
Rio de Janeiro: 46
Espírito Santo: 43
Santa Catarina: 42
Minas Gerais: 30
Bahia: 24
Pará: 23
Pernambuco: 14
Distrito Federal: 13
Paraíba: 11
Ceará: 10
Rio Grande do Norte: 7
Mato Grosso: 7
Alagoas: 5
Amapá: 4
Amazonas: 4
Com informações do Portal G1.