Robô tenta descobrir causas da queda do avião da EgypAir

O navio de pesquisa “John Lethbridge”, da Companhia Deep Ocean Search, será comandado pelo Egito e vai começar os trabalhos na sexta-feira (10) na zona da queda, entre a ilha grega de Creta e o Egito.

O equipamento naval, com capacidade para localizar e recuperar caixas pretas do fundo do mar, chegou nesta quinta-feira (9) a Alexandria, segundo a autoridade da aviação civil egípcia.

Aquele país está responsável pela investigação de segurança no caso do Airbus A320 da Egyptair desaparecido com 66 pessoas, entre as quais havia 30 egípcios, 15 franceses e um português.

Os membros do comitê e os especialistas da construtora Airbus devem embarcar antes da partida do navio para a zona de acidente, a cerca de 290 quilômetros a norte da costa egípcia, disse uma fonte próxima da investigação à agência AFP.

Já na semana passada foram captados sinais de uma das duas caixas pretas do avião, mas o navio francês utilizado não tinha capacidade de localização dos objetos.

O “John Lethbridge” fornece imagens digitais do fundo do mar e tem um robô que pode mergulhar a 3 mil metros, a mesma profundidade calculada para a área de investigação.

Remi Jouty, diretor do gabinete de investigações e análises da aviação civil francesa (BEA) declarou a “esperança em conseguir localizar os aparelhos enquanto continuam emitindo (sinais)”, admitindo a necessidade de agir rapidamente.

A emissão de sinais pode ser feita durante quatro a cinco semanas, limite das baterias das caixas e do gravador de voz da cabine.

Em maio, já foram retirados destroços do avião e coletes salva-vidas do mar Mediterrâneo, mas ainda nenhum corpo das 66 pessoas a bordo foi encontrado.

Os investigadores não podem tirar conclusões sobre a causa do acidente, alegando ser “muito cedo”.

As suspeitas iniciais recaem sobre um ataque terrorista, mas a falha técnica também já tomou terreno, pois antes da queda, o sistema emitiu mensagens automáticas de presença de fumo na cabine e falha na unidade de controle do voo.

O desaparecimento do MS804 aconteceu sete meses depois da explosão provocada por uma bomba a bordo de um avião proveniente da Rússia sobre a península egípcia de Sinai, que matou 224 pessoas.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade do ataque contra a Rússia, mas o voo da EgyptAir não teve este tipo de reclamação.

 

Com informações de Notícias ao Minuto.