Os técnicos da Receita Federal informaram que a jornalista Claudia Cruz, mulher do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, teve um crescimento patrimonial de 151% em seis anos, de 2008 a 2014.
De acordo com a Receita, a jornalista usou artifícios para justificar o aumento de patrimonial, como recebimentos de pessoas físicas, o que na prática dificulta o rastreamento.
“Tudo leva a crer (logicamente dependendo do aprofundamento das investigações pelo MPF ou DPF) de que as investigadas utilizaram, em tese, como instrumento de lavagem de dinheiro a própria entrega de DIRPF para a Receita Federal, lançando valores no item de rendimentos recebidos de pessoas físicas (e de fato, na prática, regularmente, não há outra forma de fazê-lo para tributar espontaneamente alguma renda sem origem)”, diz o relatório da Receita.
Segundo informações do Extra, em 2010, apenas uma conta de de Cláudia Cruz, no Itaú-Unibanco, movimentou cerca de R$ 2,5 milhões.
“A atitude arredia da Sra. Claudia Cordeiro Cruz revela desapreço e, até mesmo, singular menosprezo institucional ao Banco Central do Brasil”, afirma o documento.
Para a força tarefa da Lava-Jato, Cláudia tinha plena consciência dos crimes que praticava sendo a única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior.
Com informações de Notícias ao Minuto.