Localizado na região do Alto Tarauacá, Jordão conta com R$ 19,9 milhões para obras de água e esgoto, drenagem de águas pluviais e saneamento.
O recurso está assegurado pelo contrato celebrado entre o governo do Acre e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). As obras começam em junho e serão executadas pelo Depasa (Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento).
As melhorias estão previstas no Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser), que contempla os municípios isolados como Jordão, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo e Santa Rosa do Purus.
O governador Tião Viana destaca que é essencial para o seu governo garantir em 2016 mais qualidade de vida para essas localidades. Os recursos também irão beneficiar a área de saúde: sabe-se que a cada R$ 1 aplicado em saneamento, o Estado brasileiro economiza R$ 4 em saúde pública.
Uma cidade na floresta
A cidade, que está localizada em uma região de floresta densa e ostenta o nome do rio que corre manso em frente, como afluente do Tarauacá, tem acesso fluvial difícil, principalmente no verão amazônico.
O diretor-presidente do Depasa, Edvaldo Magalhães, afirma que Jordão é o município onde a realização das obras e de qualquer edificação fica muito onerosa e difícil de realizar. “Jordão será a maior das nossas conquistas com a realização do programa de saneamento integrado”, disse.
Segundo o prefeito Elson Farias, as obras de saneamento básico, além de levarem qualidade de vida, irão aquecer a economia do município.
“As obras irão gerar mais de 100 empregos diretos, o que é muito bom. Se não fosse o governo do Estado, a prefeitura não teria condições de fazer tais investimentos. Hoje temos água tratada 24 horas diariamente. Os recursos também irão garantir 100% de esgoto tratado, além da pavimentação das ruas”, destacou Farias.
Particularidades
Outra peculiaridade de Jordão é que quase metade de seus habitantes é formada por índios Kaxinawá (Huni Kui). As terras indígenas correspondem a 40% do seu território, que é de 5.361 km². Por conta disso, uma das maiores riquezas da cidade é sua cobertura vegetal, praticamente toda preservada.
A líder indígena Rita Kaxinawá declarou: “Moramos num município distante de todas as cidades do Acre, portanto, todo investimento em saneamento básico é muito bem-vindo”.
Obras que serão executadas
Com prazo de execução previsto de 24 meses, a cidade será contemplada com 7,75 quilômetros de asfalto, 7,03 quilômetros de rede de esgoto, 502 ligações domiciliares de esgoto e 50 módulos sanitários.
Terá também 23 unidades de tratamento individual de esgoto, uma Estação de Tratamento (ETE) e três Estações Elevatórias de Esgoto (EEE).
As obras irão ainda ampliar a Estação de Tratamento de Água (ETA), com a construção de 230 unidades domiciliares e 2,05 quilômetros de distribuição de água.
Segundo o diretor técnico do Depasa, Anderson Mariano, o Proser se apresenta com o objetivo de melhorar o saneamento básico das cidades acreanas. “O programa é uma das principais iniciativas para combater a falta de infraestrutura nos municípios de difícil acesso”, afirmou.
Da Agência de Notícias do Acre