O senador Gladson Cameli (PP) é um dos 21 senadores que deverá integrar a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Roussef aprovado na câmara, no último dia 17.
Gladson é também um dos senadores investigados pela Operação Lava Jato por suposto envolvimento no esquema de propinas da Petrobrás, o chamado ‘Petrolão’.
Cameli é um dos parlamentares do PP relacionados à corrupção da Petrobrás. Ele também responde a um processo por dirigir bêbado.
Com 32 políticos citados, seu partido, o PP, é o que responde ao maior número de inquéritos em relação à Petrobrás, seguido pelo PMDB (sete), PT (seis), PSDB (um) e PTB (um).
Em setembro do ano passado, segundo publicado no jornal O Globo, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, afirmou durante delação premiada na Lava Jato que recebeu o primeiro aviso de cobrança de propina na Petrobras do deputado federal José Janene, do PP, por volta de 2005, quando Paulo Roberto Costa assumiu a diretoria de Abastecimento e que houve alguns jantares na casa do parlamentar, onde ficou estipulado o pagamento.
A UTC é apontada em relatório produzido a partir de auditoria da Lava Jato como tendo superfaturado em até 795% o valor das licitações.
A base da Petrobrás construída pela UTC em Cruzeiro do Sul é um exemplo de superfaturamento. Segundo os auditores houve um aumento de 62% em estimativa inicial sendo que a capacidade dos tanques foi reduzida em 21%. Ao serem questionados sobre duas planilhas com estimativa de preços, os auditores ouviram como resposta que ninguém recordava da planilha com valor mais baixo. Apesar da diferença de preços as duas planilhas apresentavam os mesmos itens, alguns elevados em até 197%. (Estadão).
Gladson nega ter recebido do PP valores além dos declarados ao TRE.